(Foto/Mel Boavista)
Caríssimas leitoras e queridos leitores, tive a honra de receber da acadêmica Luciene Freitas, premiada escritora pernambucana, uma de suas outras tantas pérolas literárias. O livro “Meninos de Vidro”, talhado à luz de uma verve colorida e imorredoura, chegou-me às mãos ainda em 2020 e, por isso, desejo que a distinta escritora, e estimada amiga, possa aceitar as minhas devidas escusas, pois, tal qual Oniec – Menino Dois, “o tempo escorregou no meu silêncio” e, descuidado, “não permiti que a sensatez me guiasse”. Lido e relido com a merecida atenção, levou-me o apreciado livro à recordação da leitura do Evangelho e de outras obras afins – aquelas que falam aos nossos corações.
Os doze Meninos de Vidro, numa expressão celestial produzida por tão afiada pena de Luciene Freitas no primeiro momento da obra, com possibilidades para execução perfeita e específica e, no momento segundo, revelando as falhas no cumprimento e a impossibilidade da realização ideal.
Assim desfilam os Meninos de Vidro, a principiar por Onium, com o dom recebido para unificar, acabara esmorecido; Oniec, com o dom do zelo, terminara em prantos, desesperado; Cedric, com o dom da perseverança, perdera a harmonia com a qual equilibrava os dois cérebros; Medju, com o dom do equilíbrio, desconheceu-se; Semaj, com o dom da fé, escondendo-se prosseguira; Onieguin, com o dom da serenidade, fora mais além, constatando a dependência da assimilação; Radi, com o dom do entendimento, descuidou-se do amor e, por isso, fracassara; Linsu, com o dom da perspicácia, também malograra; Leyvi, com a generosidade, cultivara a semente do mal pela omissão; Lashay, com as sementes da natureza, acabara sem elas e sem motivos para existir; Sasbi, com a sabedoria, amando a materialidade, esqueceu-se da Criação, desviando-se da Luz; Remtis, o Menino Doze, com o elo sagrado, talvez o mais forte de todos, falhara por não conceber a humildade como virtude.
(Foto/Mel Boavista)
Confiante no Criador e mantendo vívida sua dedicação à literatura, Luciene Freitas, a bem da verdade, conseguiu atingir os páramos esplendorosos do saber e, para deleite de todos, estou certo, outras pérolas virão, engrandecendo, inegavelmente, a galeria cultural pernambucana, nordestina e brasileira.
Belíssimas palavras, tio! "Meninos de vidro" certamente está no topo da minha lista de leituras desse mês.
ResponderExcluirMuito grato, sobrinha querida!! Sem dúvida, o "Meninos de Vidro" você apreciará.
ExcluirAh, e muito grato pelas fotos!
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